O MENINO E O BARCO
Visual: Usar uma folha de jornal e dobrá-la para fazer uma barquinha. Conforme você conta a história, vai fazendo o barco até que ele vire uma camisa.
Roteiro:
Era uma vez um menino que gostava muito de andar sozinho pela rua mas, papai disse:
- Filhinho eu não gosto que você ande na rua sozinho. Há coisas perigosas.
- O que você acha que é perigoso, papai?
- Sabe, há pessoas que gostam de roubar crianças. Então, se mamãe ou papai estiverem com você, não há perigo. Mas, sozinho...
- Se um ladrão vier, eu dou um ponta pé nele e fujo correndo. Eu sei correr muito depressa- Disse o Tiago.
- Você é que pensa filhinho. Os ladrões têm carros e têm também muita força, e arrastam as crianças para dentro dos carros.
- Eu grito, grito e todo mundo vai ouvir.
- Nem assim adianta filho. O ladrão tapa a sua boca com força. Você é pequeno e ele é grande.
- Chi...então o que faço papai?
- Ora, não saia sozinho de casa!
- E sei eu precisar? Se mamãe mandar que eu compre pão na padaria?
- Aí é diferente, você está obedecendo a mamãe, Deus vai guardá-lo. Entendeu?
Tiago abaixou a cabeça, pensou e respondeu:
- Entendi. O segredo é obedecer, não é papai?
- É isso mesmo filhinho.
Depois de muita conversa, Tiago deu boa noite, orou e dormiu. Até parece que em dormiu porque o sol já estava na sua janela e já era um novo dia. E mais, era feriado. Como Tiago ficou alegre.
- Entra sol ! Seja bem vindo aqui no meu quarto. Oh! Que vontade de dar uma volta. Quem sabe até a prai? Como é bom pisar naquela areia tão branquinha...
Assim pensando, Tiago saiu.
O que papai havia falado para ele? Que não saísse sozinho de casa.
Mas ele olhou dos lados, o sol estava quente, havia muita gente na rua e Tiago saiu.
Feriado é assim, todos estavam passeando. Ninguém indo à escola e nenhum papai ou mamãe indo ao serviço.
- Oh! Que delicia o dia hoje . Falou Tiago.
De repente, ele viu um homem pintando uma casa. (Faça o barquinho até ele parece um chapéu de pedreiro).
- Que vontade de ser pintor! Veja só aquela escada enorme lá em cima! Como eu gostaria de ser pintor!
E Tiago ficou olhando lá no alto. Que surpresa quando viu o pintor descer e chegar pertinho dele. Então perguntou:
- Será que o senhor me daria um emprego de pintor? Eu achei tão lindo o senhor lá em cima da casa...
- É meu filho, é lindo, mas muito perigoso. Se cair de lá de cima a gente morre.
- Mas será que mesmo assim eu não poderia ser seu empregado?
- Sim, gostei de você. Pode começar a pintar, mas só aqui embaixo viu?
E o Tiago colocou o chapéu e começou a pintar (colocar o chapéu na cabeça e levar um grande pincel de pintor, imitando com se estivesse pintando). Mas de repente doeu sua mãozinha e ele largou o grande pincel com tinta (mostrar) (tirar o chapéu).
- Não dá! É preciso ter um braço muito forte.
E saiu o menino pela rua, andando, andando.
- Oh! Quanto carro!, o que será? Incêndio! Pegou fogo na casa que vendia fogos e eles começaram a estourar e o prédio parecia uma bomba.
Tiago ficou olhando os bombeiros apagarem o fogo. Eles tinham grandes mangueiras e jogavam água em cima da casa que pegou fogo. Era uma gritaria do povo que assistia ao incêndio. E Tiago olhando...de repente gritou:
- Eu já sei! Vou ser bombeiro! (coloca o chapéu ao contrário, com os bicos para os lados).
- Eu sou bombeiro!
E saiu de onde estava e foi ajudar a apagar o fogo.
- Ai minha mão! Está toda queimada..
E era mesmo, sua mão estava queimada e doendo. Ai! Ai!
- Pronto,não quero mais saber de ser bombeiro!
E saiu chorando de dor na mão.
Tiago continuou andando, andando, e , de repente, chegou na praia. Ela estava linda! Algumas crianças brincando na areia com baldinhos, outras jogando bola, e....Tiago viu um barco. Ele estava amarrado com uma corda (acabar de fazer o barco).
Pensou Tiago: - É isso mesmo! Eu não pude ser pintor e nem bombeiro,mas eu vou ser marinheiro. E, correndo, soltou a corda do barquinho. Subiu nele. O vento suave empurrou o barco para o fundo. As ondas cheias de espuma levantavam o barco com o Tiago dentro. Ele achou muito divertido. Mas, Tiago se deitou dentro dele um pouco, e de repente, não ouviu nenhum barulho. Nem as risadas das crianças, nem as vozes delas. Levantou-se do fundo do barco (você pode colocar um boneco no barco, fazendo de conta que é Tiago).
-Ué. Falou assustado. ‘’ Não há ninguém por aqui. Eu preciso voltar para a praia, mais como vou fazer isso?’’ viu que havia dois remos dentro do barco. Tentou mexer com eles mais eram muito pesados e Tiago não tinha forças pra levantar um só, quanto mais dois.
Oh! O sol esta indo embora! Nuvens pretas começaram a cobrir o céu. E o vento veio soprando e balançando o barco pra lá e pra cá.
- Ai,que medo! E Tiago se agarrou no barco e ele virou pra lá e pra cá e a água entrou nele.
Oh! Pensou o menino. Papai me disse ontem para eu não sair de casa sozinho. Mais eu nem percebi. E agora?
Papai, papai! Gritou o menino.
Vocês acham que adiantava chamar o pai?
Imaginem se alguém ia ouvi-lo! Lá tão longe, e com barulho do mar e dos trovões.
E a chuva caia. Que frio! Todo molhado e com medo ele falou:
- Eu desobedeci! Nunca mais vou fazer isto!
Mas, de repende, o barquinho bateu em uma pedra (bata o bico do barco, mostrando para as crianças) e quebrou a ponta do barco.
- Socorro! – Gritou Tiago.
Ai! O vento levou o barquinho para mais longe e ele bateu em outra pedra e arrebentou o outro lado do barco( rasgue com suas mão o outro lado do barco) e a água do mar, misturada com a chuva, entrou ainda mais forte no barco.
- Socorro! Não tenho onde ficar.
Então o menino subiu na vela do barco. Era o único lugar. Ficou ali agarradinho, mas as pedras caíram com a chuva e quebraram a vela (rasgue de uma maneira redonda a ponta da vela). E o menino caiu n’água.
Socorro gritou outra vez (abra a barquinha que virou camisa). E a sua camisa boiou na água. E ele afundou e subiu outra vez e, então disse:
-Perdão, Jesus. Eu não sei como pude desobedecer tanto. Livra-me daqui e eu vou ser o menino mais obediente do mundo. E afundou.
- Tiago, Tiago – uma voz gritou. Era o papai, no meio da tempestade, que estava ali com um barco grande e forte.
- Tiago! Oh! Veja mamãe, aquela não é a camisinha do Tiago?
- É sim, é ela!
E papai puxou a camisinha e viu um cabelo embaixo. Era a cabeça de Tiago. Então ele tirou seu filhinho da água. Estava quase morto. Papai conseguiu tirar a água que seu filhinho havia engolido e... salvou o Tiago. Quando o menino abriu os olhos e viu o papai e a mamãe, começou a chorar e pedir perdão.
- Você vai me bater papai?
Eu não. Seu castigo já foi tão grande! Que susto, hein, filhinho? E abraçado com o papai, contou que tinha orado e que nunca mais iria desobedecer. Nunca mais mesmo.
Papai, quando chegou em casa, pegou a camisa que ele achou boiando, colocou num quadro e pregou no quarto de Tiago. Cada vez que ele olhava sua camisa se lembrava que nunca mais iria desobedecer o papai e a mamãe. E ele foi o filho mais obediente do mundo (Ponha na classe a camisa que você fez contando a história).
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